2 de set. de 2013

FATOS CURIOSOS DA HISTÓRIA DA ARTE - A ÚLTIMA CEIA - DA VINCI

 
PORTRAIT OF LEONARDO DA VINCI - FRANCESCO MELZI.
 


"A Última Ceia" foi pintada por Leonardo da Vinci no final do século XV. Encontra-se localizada na igreja e convento de “Santa Maria della Grazie”, em Milão, na Itália. Local designado como Patrimônio Mundial da UNESCO. De acordo com a narrativa bíblica, antes de sua captura e execução, Jesus profetizou que seria traído por um de seus próprios seguidores. Esta previsão ocorreu durante a ceia retratada na pintura "a Última Ceia" conhecida por seu realismo e por sua ilustração emocional dos apóstolos envolvidos em uma conversa acalorada após o anúncio feito por Jesus de sua traição iminente.
 
 
CONVENTO DE "SANTA MARIA DELLA GRAZIE", MILANO, ITALIA
AO FUNDO, AFRESCO "ÚLTIMA CEIA" - DA VINCI.
 
Conta-se que, para pintar "A Última Ceia", Leonardo da Vinci teve necessidade de encontrar 13 homens que pudessem servir de modelos, cada qual com uma cara que exprimisse a visão de da Vinci sobre a figura que iria representar. Pra lá do caráter fastidioso desta tarefa, diz-se que, com 4 anos de intervalo, o mesmo homem posou para as figuras de Jesus e Judas.
 
 
ESTUDO DE DA VINCI PARA A FACE DE JESUS - ÚLTIMA CEIA - DA VINCI.
 
 
 
JUDAS AO LADO DE PEDRO - ÚLTIMA CEIA - DA VINCI.
 
 
As figuras que representam os doze apóstolos e Jesus Cristo foram criadas a partir de pessoas vivas. O modelo que deu vida para a pintura da figura de Jesus foi escolhido em primeiro lugar.
Quando foi decidido que Da Vinci faria essa grande obra, centenas e centenas de jovens foram cuidadosamente visualizados em um esforço para encontrar um rosto e personalidade que exibisse inocência e beleza, livre das cicatrizes e sinais de dissipação causada pelo pecado.
Finalmente, depois de semanas de pesquisa laboriosa, um jovem de 19 anos de idade foi selecionado como um modelo para o retrato de Cristo. Por seis meses, Da Vinci trabalhou na produção da figura principal de sua pintura famosa.
 
 
JESUS - ÚLTIMA CEIA - DA VINCI.
 
 
Durante os quatro anos seguintes, Da Vinci continuou esse trabalho sublime de arte. Um por um, os modelos apropriados eram escolhidos para representarem cada um dos onze Apóstolos. O espaço para retratar o décimo segundo apóstolo foi deixado em branco, a pintura que representaria Judas Iscariotes seria a tarefa final desta obra-prima. Durante semanas, Da Vinci procurou por um homem com uma face endurecida, com um rosto marcado por cicatrizes de avareza, mentira, hipocrisia e crime, o rosto que delineasse um personagem que trairia seu melhor amigo.
 
 
ESTUDO DE DA VINCI EM SANGUÍNEA, GIZ VERMELHO E TINTA, "A ÙLTIMA CEIA".
 
 
Depois de muitas experiências desanimadoras procurando pelo tipo de pessoa ideal para representar Judas, disseram a Da Vinci que um homem cuja aparência atenderia plenamente suas exigências tinha sido encontrado em um calabouço em Roma, condenado a morrer por uma vida de crimes e assassinatos.
Da Vinci fez a viagem a Roma e pediu para que o condenado fosse levado para um local fora do calabouço, para que pudesse verificar o homem a luz do sol. Da Vinci se viu diante de um homem moreno escuro, cabelos compridos e desgrenhados; seu rosto, a face de um traidor exalando maldade e ruína completas. Por fim, o famoso pintor tinha encontrado a pessoa que representaria a figura de Judas em sua pintura.
Com a permissão especial do rei, este prisioneiro foi levado à Milão onde o afresco estava sendo pintado, e por meses ele se sentou diante de Da Vinci a fim de que o artista continuasse a sua tarefa de transmitir para sua pintura, a figura a representar o traidor. Ao terminar sua obra, virou-se para os guardas e disse: “Eu terminei. Podem levar o prisioneiro”.
DETALHE DO AFRESCO "ÙLTIMA CEIA" COM A FIGURA DE JUDAS AO CENTRO.
 
 
Enquanto os guardas o estavam levando, de repente ele se soltou e correu até Da Vinci, chorando: “O, Da Vinci, olhe para mim! Você não sabe quem eu sou?”
Da Vinci, com o olhar treinado de um grande mestre examinou cuidadosamente o rosto do homem para qual tinha olhado incansavelmente pelos últimos seis meses e respondeu: "Não, eu nunca te vi na minha vida até que fostes trazido diante de mim fora do calabouço em Roma."
Então, levantando os olhos para o céu, o prisioneiro exclamou: “Oh, Deus, terei eu caído tão baixo”? Virando o rosto para o pintor, ele gritou: " Leonardo Da Vinci, olhe para mim de novo porque eu sou o mesmo homem que você pintou 4 anos atrás, como a figura de Cristo. "
 
"THE LAST SUPPER" - LEONARDO DA VINCI.
 
 
Não há registros de que Leonardo Da Vinci tenha usando o mesmo modelo para as figuras de Cristo e Judas. De acordo com o autor Robert Wallace, que escreveu "The World Of Leonardo 1452-1519", Leonardo usou modelos vivos e fez olhar entre os presos locais de alguém para retratar Judas, porém o fato de o modelo ser o mesmo não foi históricamente comprovado. Fica o mistério e a lição de que o bem e o mal são apenas faces de uma mesma moeda.



4 comentários:

  1. Irma Coreccosetembro 03, 2013

    Muito interessante ! Bjs

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  2. "O olhar de quem odeia é mais penetrante do que o olhar de quem ama." Leonardo Da Vinci.

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  3. Verdadeira ou não, esse fato continua emocionante... Parabéns pelo seu post !!!

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  4. Obrigado a vocês que iluminam este Blog com a presençae o carinho. Bjs

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