16 de set. de 2018

AS MAGNÍFICAS CRIAÇÕES DE ISABELLE JEANDOT

A ARTE DE SONHAR – UM MERGULHO NA IMAGINAÇÃO






          “Apenas aqueles que sonham podem ser despertados.” - O'Kelly


Receptáculos de luz, as esculturas de Isabelle Jeandot testemunham outra realidade: intensas e graciosas, elas deslizam seus pergaminhos de bronze sob os nossos véus da inconsciência e revelam uma alquimia essencial: o Divino está inserido no coração da matéria. A alma de um artista certamente se reflete em seu trabalho e as obras de Isabelle espelham sensibilidade, delicadeza e profunda venerabilidade.








Sopra através do trabalho de Isabelle Jeandot um vento inebriado de sensualidade, de beleza, de sacralidade que quase nos faz não perceber a exigência e o domínio técnico que as mesmas exalam. Seu estilo figurativo é altamente pessoal. Suas esculturas de bronze retratam a forma humana em todos os seus vários aspectos físicos e espirituais. 




Isabelle Jeandot revela - nos um universo de formas lascivas, estendidas ao extremo, num movimento que busca transcender a matéria. Um movimento de graça, de fertilidade. Muitas vezes os casais se fundem, se entrelaçam em voluptuosidade sensual, porém parecem exceder o amor físico para torna-lo cósmico como se fossem dançarinos da divindade. Suas obras possuem magia, essa faculdade de nos dar acesso a uma dimensão que não é a da razão, não a do costume, não a da prosa cotidiana.















Apaixonada pela psique humana e suas dimensões sagradas, pela sua expressão atemporal e universal no coração da condição feminina, Isabelle Jeandot explora este universo à luz da escultura, uma verdadeira materialização de suas descobertas internas ... 















Assim ela vive sua arte como uma verdadeira jornada espiritual: cada escultura a convida a explorar seus mundos intrínsecos um pouco mais a fundo, e dali, a partir de se amago  destacar as inúmeras facetas do Sagrado Feminino: amor, desejo, o casal, a maternidade, a alma, o Sagrado em todas as suas formas.











Nascida em Lons-le-Saunier, no Jura, em 1966 na França, a artista obteve uma licenciatura em psicologia em 1988 e enquanto estudava comportamento e funções mentais, enquanto tentava desmembrar e entender o indivíduo, Isabelle Jeandot se voltou para a arte. É a descoberta das criações de Camille Claudel que decidirão a vocação de Isabelle Jeandot como escultora. Fez estágio artístico no Atelier Jean Pons de 1986 a 1991, onde aprendeu escultura em madeira e pedra assim como estudou técnicas para utilizar o lado direito do cérebro, expandindo desta forma a criatividade.  Em 1998, ela deixou o Jura para se estabelecer em Evian (Alta Sabóia). Desde então, ela vive e esculpe em seu estúdio em frente ao lago de Genebra.












Seu trabalho inclui figuras humanas com formas depuradas de superfícies lisas e brilhantes – quase que metáforas, símbolos do etéreo, da luz e do divino. Como se fossem testemunhas materiais de outras realidades trazendo a tona o sagrado feminino emergindo silenciosamente da sinfonia universal. Desde a década de 1990, a artista cria esculturas feitas de diferentes materiais, principalmente bronze, mas também em resina de gesso. Para estas últimas desenvolveu uma pátina que faz com que as mesmas se pareçam com pedras ou ainda com o próprio bronze.



























































































Em sua página pessoal a artista assim se apresenta:



“Esculpir...
Perseguir a certeza e dominar as dúvidas.
De nada sei, nada quero
Apenas ser ...
Para ser permeada...
Deixar minhas mãos se ativarem, deslizando na terra convidando minha visão para renascer na matéria.
Oferecer-me inteiramente a esse íntimo tremor, a essa necessidade imperativa de materializar minhas viagens interiores.
Esculpir, modelar, dar à luz, só para me abandonar à corrente da vida.
Esculpir é ato de caminhar na  corda bamba, uma alquimia delicada entre maestria técnica e inspiração ... fio de trama, fio de teia,  fundem-se  amorosamente para tecer com infinita paciência, a escultura nascente.
Vertigem da criação ... de minhas mãos nascem e cantam quadris cheios, olhares ferozes ... no final dos meus dedos balançam os mundos, e lá, de pé no estúdio, eu sou a interface  líquida entre espírito e matéria, entre  céu e  terra.
Na consciência aguda da minha condição humana, tão irrisória e tão sublime, eu sei profundamente que não há nada para procurar, mas que há Tudo para encontrar. “







Não será o tempo apenas uma ferramenta de pura criação intelectual projetada para explicar-nos a eternidade? Não importa a resposta, afinal , porque para a alma do artista é preciso perceber o presente em toda a sua intensidade para que a mente capte o conceito de passado e futuro reunindo-os, deixando-os fluir através das mãos habilidosas. È essencial que possamos cuidar deste céu que há em nós, expandir nosso infinito, invisível aos demais, deste santuário que é a vida, povoado de mensageiros do além, aqueles que de várias formas em diversos momentos nos inspiram conduzindo-nos ao melhor de nós mesmos.





































































4 comentários:

  1. De fato um olhar mais aguçado comprova que "não há nada para procurar, e sim tudo para encontrar" nesse belíssimo legado artístico! Verdadeiramente maravilhada com bela biografia e coletânea de obras que pude acompanhar neste post! Adorei!

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  2. Maravilhoso! Imagens artisticas de enorme qualidade! Recomendo !Obrigado

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Prachtig werk van Isabelle. Ik ben blij dat ik in het bezit ben van een van haar mooie werkstukken. Ik geniet er elke dag van!

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