Caminhada
pela cidade azul - Прогулка по синему городу.
Um olhar artístico da Bielorussia.
Wictoria Ilina Arnoldovna nasceu em 18
de Dezembro do ano de 1960 em Grodno (Bielorrússia),
fronteira com a Polônia e a Lituânia. Grodno, também chamada de Hrodno, hoje terceira cidade mais populosa da Bielorrússia que soube porém manter seu charme de outrora, com suas ruas históricas, suas
igrejinhas católicas e ortodoxas, sua sinagoga (a mais antiga da Bielorrússia
em funcionamento, construída em 1578), cortada pelo rio Neman a cidade
transpira história que remonta ao século XII. Esta linda cidade com suas casas
em estilo Barroco de fachadas coloridas e telhados vermelhos. Grodno,
emoldurada por campos de plantações e florestas de bétulas e pinheiros, que vão
se revezando com paisagens singelas pinceladas de propriedades rurais idílicas desvendando
uma rusticidade quase poética.
Paisagem rural de Grodno.
Nos arredores de Grodno.
Vista
da Igreja Franciscana Grodno.
A pintora
Wictoria Ilina Arnoldovna sempre esteve envolta nas cenas adornadas por
plantações e casas de fachadas coloridas escondidas em meio ao verde do verão e
contrastando com a neve abundante que quase as oculta no inverno. Os cenários a remetiam a contos de fadas e a fantasia, e as imagens dos livros se fundiram
com suavidade as paisagens reluzentes de sua terra natal, Grodno.
Wieczorna
- Entardecer
E assim inspirada pela magia da
neve, pelos tons alaranjados do Outono, pelo renascer da Primavera e pela luz
do Verão, Victoria cria imagens artísticas retratando paisagens e vilarejos deste
lugar fascinante que é a Bielorrússia.
Neve sobre a cidade - Śnieg
nad miastem.
Miasto
w czerwieni - Cidade em vermelho
As cores são elemento essencial nas
pinturas de Victoria onde diversos matizes,
nuances, gradações, luminosidades e temperaturas misturam-se aos aromas e a
sonoridade das cidadelas e das paisagens bielorrussas.
Wielobarwność – Multicolor.
W
kabinie w lesie sosnowym – Uma cabana na floresta de pinheiros.
Zabawy,
piosenki i światła - Festa, canções e luzes.
Muitas vezes comparada ao também
pintor bielorrusso, Marc Chagall, Victoria nos presenteia em sua arte com cores
harmoniosas tanto em seus quadros monocromáticos como com aqueles que
apresentam cores análogas ou ainda complementares. Sua pintura demonstra seu
poder de observação e a sensibilidade de vivenciar na ponta de seu pincel as
estações do ano, as naturezas mortas, as paisagens bucólicas e urbanas da qual
se encontra cercada.
Niebieski
Geometria miasta – Cidade geométrica azul.
Czerwone
miasto - Cidade vermelha.
É como se criasse uma poesia sem
palavras, apenas se utilizando das imagens que chamam a atenção do espectador
pela luz intensa que mesmo assim adquire suavidade após passar pelo olhar
artístico de Victoria.
Poezja
miejskich – Poesia urbana.
Mapa
miasta - Mapa da cidade.
Estudou
arte no “Minsk Art College of Glebov” (de 1977-1981), e posteriormente estudou pintura
á óleo na “Belarussian Academy of Arts” (de 1981-1988), tornando-se no ano de 1994 membro
integrante da “Belarussian Union of Artists”. Participou de diversas exposições
coletivas e individuais em seu país natal e em países como a vizinha Polônia, a
Alemanha e ainda na Áustria, Itália, Japão e Estados Unidos. Foi lhe concedida
ainda uma bolsa do Comitê Executivo Regional de Grodno pelas realizações
criativas no domínio da cultura e da arte nomeando-a melhor artista do ano em
2003. Além de artista ela trabalha como professora de desenho, pintura e composição na
instituição de ensino estadual "Escola Infantil de Arte da Grodno Arts."
Suas
paisagens convidam ao sonho, ao silêncio e a reflexão. Suas cenas urbanas nos
revelam a calma e a tranquilidade das cidades do interior de seu país.
Cidadelas que possuem seu próprio tempo, humor e ritmo de vida.
Miasto
przez okno – Cidade pela minha janela.
Puszczy
zielonym – Floresta verde.
Зимнее
утро - Manhã de inverno.
Eine interessante Frau! Wuderschoene Bilder ! Teilweise fuehlt man sich in eine Maerchenwelt versetzt ! Danke fuer diesen Beitrag. Bjs Muetti
ResponderExcluirSó poderia sugerir Fernando Pessoa ao categorizar a subjetividade de sua belíssima arte "A arte é a auto-expressão lutando para ser absoluta."
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