9 de jun. de 2020

O INCRÍVEL MUNDO ONÍRICO DE LUCY CAMPBELL



Pintora e contadora de histórias, é assim que se autodenomina esta artista escocesa, que vive cercada por grandes colinas e bosques, por animais selvagens como raposas, corujas, melros e abelhas. Sua inspiração vem da natureza abundante que a cerca, de sua sabedoria e de suas criaturas. Sua cultura é plena de contos e simbolismos, cheia de mistérios e histórias contadas ao redor das fogueiras em noites enluaradas.







Suas pinturas e ilustrações a conectam a este mundo, que se tornou seu mundo interior ainda que esteja rodeada por ele. Ao pintar, Lucy conta histórias que segundo ela tem o intuito de conectar quem as observa com seu próprio eu, seu interior atávico, seu estado inocente, como que visto através dos olhos da criança que outrora já fomos. 










Os temas que ela retrata são como abraços calorosos que nos conectam ao espiritual, como em um voo mágico de volta a um passado distante da nossa imaginação sem restrições e limites. Suas pinturas e ilustrações são profundamente comoventes e tocam aquela parte em nós que muitos deixam adormecida. 

























































A artista é movida pela intensa preocupação de resgatar em todos nós essa hora mágica, que com um pouco de sorte nos afastará desta desconexão atual do ser humano com a natureza, com o ancestral e com nossos instintos inatos. Lucy cria um mundo em cores suaves, líquidas, esfumadas, um mundo de segurança, beleza, cura e paz, onde animais, crianças e a natureza estão intactas e protegidas, onde o olhar ainda pode ser ingênuo, onde o belo é simples e existe espaço para o maravilhar-se. 
































































































































A artista diz em sua página:



“Em minhas pinturas de realismo parcialmente figurativo e mágico, busco alcançar uma visão pueril - uma tentativa de acessar a pureza da imaginação pura, das memórias, das emoções, dos sonhos e instintos - e pintar assuntos predominantemente infantis em comunhão com a contrapartida animal. Os animais representam aspectos da natureza selvagem dentro de todos nós; a criança, nossa criança interior. Pinto a proteção e a cura do sujeito humano e do animal; minha esperança é promover a reintegração desse eu infantil com instinto e intuição, bem como retratar uma celebração da natureza, tanto dentro de nós quanto no mundo natural. Vejo tantas desconexões no mundo, em particular em nosso relacionamento com a natureza, mas também em nossos relacionamentos humanos, e meu objetivo é falar sem palavras da reunificação que esperamos e sonhamos; oferecer uma resposta à necessidade humana de liberdade, magia e mistério e, acima de tudo, confiança e cura.














































































Por muitos anos me debruço sobre o rico poço da psicologia e da mitologia junguianas para dar forma ao meu trabalho como artista. Os arquétipos da floresta e do mar, representando a psique inconsciente, aparecem regularmente em meu trabalho como pano de fundo - 'paisagens da alma'. Esforço-me por capturar algo da escuridão da psique, enfatizando a experiência esclarecedora de mergulhar nos lugares mais sombrios de nós mesmos. Carregar luz - sinônimo de meu próprio nome - é um motivo que adoro explorar. Ser capaz de carregar luz é uma expressão de conhecimento - uma consciência que guiará a uma clareza cada vez maior.





















































Ao longo dos anos, vi meu trabalho ser usado para ilustrar textos sobre psicologia e crescimento espiritual, e isso forneceu muita afirmação valiosa de que a linguagem visual que tenho me esforçado para expressar encontrou e continua a encontrar seu público. Enquanto espero acessar e retratar símbolos coletivos com os quais os outros podem se conectar profundamente, meu trabalho permanece descaradamente pessoal, pois é forjado a partir das memórias da infância, inúmeras experiências de dor, conexão, perda e crescimento e, como tal, é impossível remover do mesmo  minha própria história de vida. É um conto descrito em cores na primeira pessoa.”













































































































































Nascida em 1977 em Perth, na Escócia, a conexão de Lucy com o profundo amor à natureza se desenvolveu durante sua infância rural. Lucy é autodidata, embora a arte seja uma profissão em sua família há gerações.


Para mais informações: http://www.lupiart.com
                                           https://www.facebook.com/LupiArt/
































































































































































































































Texto: Delia Corecco Steiner

Tradução:Delia Corecco Steiner.
























































                                              Lucy Campbell












































































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